quarta-feira, 26 de julho de 2017

MAIS UM TEMA SAINDO DO FORNO!!!

Somos todos corruptos?

Antonio Carlos Olivieri, da Página 3 Pedagogia & Comunicação 31/12/2016


Nos últimos anos, houve muitas manifestações contra a corrupção em praticamente todos os estados brasileiros. No entanto, o problema não se limita ao âmbito político e está disseminado nacionalmente.

Uma foto que viralizou nas redes sociais – com mais de 70 mil curtidas e 15 mil compartilhamentos – gerou um debate sobre as pequenas corrupções do dia-a-dia e o popular "jeitinho brasileiro". "As pessoas defendem o fim da corrupção, mas não se dão conta de que suas próprias atitudes são corruptas", foi a conclusão a que chegou a autora da foto em questão.
Você concorda com ela? De fato, há muita gente que considera a gigantesca corrupção no âmbito político – que atinge os três poderes da República, bem como governos estaduais e municipais, – como um reflexo de uma atitude comum à maioria dos brasileiros: a malandragem, o "jeitinho", a vontade de levar vantagem em tudo. O que você pensa disso? Acredita que há corrupção em todos os níveis da sociedade brasileira? Somos todos corruptos? Ou isso é somente um estereótipo, uma imagem que, de fato, não nos reflete como povo? Afinal, nós, brasileiros, somos honestos ou desonestos?
Redija uma dissertação argumentativa, expondo e defendendo seu ponto de vista sobre o assunto.

Isotônico grátis
(...)
A imagem retrata uma mulher que, munida de uma sacola, teria usado a identidade de várias amigas para apanhar a maior quantidade de bebida isotônica em uma campanha de distribuição gratuita do produto na rua.
O episódio foi relatado pela paulistana Natália Bilibio, 27, em sua conta pessoal no Facebook. Ela conta que estava em um ponto de ônibus no fim da tarde da última quinta (8), perto da avenida Paulista, em São Paulo, aguardando a condução de volta para casa, quando observou uma cena que a deixou "indignada".
"Vi uma mulher com uma sacola de pano, dessas de supermercado, usando os CPFs de amigas para retirar o maior número possível de Gatorades (marca de bebida isotônica) de uma máquina instalada ao meu lado", relembra Natália à BBC Brasil.
A campanha, do banco Santander, distribuía o produto gratuitamente a pedestres. A única exigência para obtê-lo era digitar o CPF. "Vi a máquina sendo abastecida no dia anterior. Inicialmente, ela entrou na fila e pegou dois Gatorades. Em seguida, começou a ligar para as amigas e pedir o CPF delas para pegar mais e mais. Não me contive e a repreendi", diz Natália.
"Perguntei se ela estava com a consciência tranquila. Ela disse que sim. A partir daí, começou a me xingar e gritar comigo", completa. Natália acrescenta que, como voltou à fila diversas vezes, a mulher acabou com o estoque do produto.
"Pelas minhas contas, ela deve ter pego, no mínimo, dez Gatorades. Pessoas que chegaram depois não conseguiram mais pegar a bebida", avalia. "Nossa discussão durou cerca de dez minutos, até eu tomar o ônibus de volta para casa. Ela continuou me xingando e gritando da rua", acrescenta.
Ao voltar para casa, Natália decidiu postar a foto. "As pessoas defendem o fim da corrupção, mas não se dão conta de que suas próprias atitudes são corruptas", sentencia Natália.
Em seu Facebook, os usuários criticaram a atitude da mulher. A BBC Brasil não conseguiu ouvir sua versão dos fatos uma vez que a identidade da mulher não foi revelada.
"Como teremos um governo decente se as pessoas pensam dessa maneira? Lembrem-se de que a mudança deve começar por nós, pela base!", escreveu um usuário.
"O problema do Brasil é o brasileiro", acrescentou outro.
"O famoso ditado 'farinha pouca, meu pirão primeiro'. Muito feio. Não é o mundo que está difícil e ruim. São as pessoas que habitam nele que estão se tornando cada vez mais intratáveis e menos altruístas. Pobres de espírito, pobres de afeto pelo próximo", descreveu uma usuária. [Folha de S. Paulo, editado, 2016]

Observações
§  Seu texto deve ser escrito na norma culta da língua portuguesa.
§  Deve ter uma estrutura dissertativa-argumentativa.
§  Não deve estar redigido sob a forma de poema (versos) ou narração.
§   A redação deve ter no mínimo 15 e no máximo 30 linhas escritas.

segunda-feira, 3 de julho de 2017

NOVO TEMA FRESQUINHO!

A quem cabe a responsabilidade sobre a escolha alimentar da população?

Em 2008, o Ministério da Saúde lançou uma ofensiva para tentar regulamentar a propaganda de alimentos que apresentassem altos teores de açúcar, sal e gordura. Entre as propostas estavam a restrição do horário de veiculação de anúncios desses produtos e a exigência de divulgação de mensagens de alerta sobre os males desses ingredientes como: "O consumo excessivo de gordura aumenta o risco de desenvolver diabetes e doença do coração”. O ministério alegava tratar-se de um problema de saúde pública, uma vez que as crianças são o alvo principal da propaganda desses produtos. Porém, como não foi criada nenhuma lei específica até o momento, os projetos não entraram em vigor. O índice de obesidade infantil cresce todos os anos e, diante disso, é possível perguntar: o governo deveria criar alguma lei para controlar as propagandas das redes de fast-food? A quem cabe, afinal, a responsabilidade sobre a escolha alimentar da população? Ao governo, à família, à sociedade?

Lei do fast-food

Depois de seis meses de queda de braço entre a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e a indústria de alimentos, a área jurídica do governo se prepara para dar "ganho de causa" ao setor privado.

Em junho, a agência baixou resolução determinando que a propaganda de refrigerantes e de alimentos com elevados índices de açúcar, sódio e gordura saturada ou trans trouxesse advertência sobre os riscos à saúde, em caso de consumo excessivo. As crianças eram o alvo da medida. A AGU (Advocacia-Geral da União), porém, tem pronto parecer final em que corrobora a visão da indústria de que a exigência só vale se o Congresso aprovar lei específica sobre o tema. [Folha de S. Paulo, 16 de janeiro de 2011]
 

Fast-food do bem?

Esta é para deixar pais e especialistas de cabelo em pé: a obesidade infantil aumentou cinco vezes nos últimos 20 anos e hoje atinge cerca de 15% dos baixinhos brasileiros, ou cerca de 5 milhões de crianças. Quem garante é a Sociedade de Pediatria de São Paulo. Dados do gênero explicam por que todos apontam o dedo em riste para a dobradinha hambúrguer e batata frita, ícones da chamada comida trash, que a garotada devora num piscar de olhos. A boa notícia é que uma luz de esperança começa a brilhar nesse cenário tão sombrio.

Em resposta à acusação, o cardápio dessas fábricas de delícias gordurosas está abrindo espaço para itens praticamente impensáveis há alguns anos, como saladas, sucos, grelhados, queijinhos e até frutas. O movimento é mais forte nos Estados Unidos, mas felizmente a tendência já está desembarcando por aqui, mesmo que timidamente. “Devido aos altos índices de obesidade e de doenças crônicas, essa providência, mais do que desejável, é necessária”, opina a nutricionista Bianca Chimenti, da Nutrociência, em São Paulo. É um começo, mas, segundo a especialista, ainda não é o suficiente. “Precisamos de campanhas de educação alimentar para pais e filhos”, diz Bianca.

É proibido proibir

Vamos ser francos. Não dá para riscar da vida dos filhos os sanduíches e os milk shakes. Fazer isso seria também privá-los do convívio social, porque se tem um programa que a garotada adora é ir com a turma à lanchonete. “Em vez de proibir, o melhor é controlar esse tipo de alimento”, argumenta Fábio Ancona Lopez, professor titular do Departamento de Pediatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “Por serem muito gordurosas e pobres em fibras, vitaminas e minerais, o ideal é que essas comidas sejam consumidas uma ou duas vezes por mês”, sugere.

(...)

Tem razão, as crianças às vezes vencem pelo cansaço. Para o bem delas, resista, explique, eduque. A nutricionista Tânia Rodrigues, da RG Nutri Consultoria Nutricional, em São Paulo, ensina o caminho das pedras:

1. Lanchonete todos os dias, só em sonhos. Deixe isso muito claro.
2. Sugira lanches sem muito recheio, como o cheeseburguer ou o cheese-salada. Se puder, suma com a maionese, muito rica em gordura. O cachorro-quente é uma boa pedida, desde que venha com pouco acompanhamento.
3. Uma generosa porção de fritas pode perfeitamente ser compartilhada por duas ou três pessoas. Não precisa mais do que isso para matar a vontade.
4. Se o pequeno insistir no refrigerante, tudo bem. Mas proponha substituí-lo por suco de frutas ou água.
5. Outra troca justa: a maionese pelo trio ketchup, mostarda e picles para incrementar o sanduíche.
6. É milk-shake ou batata frita. Ambos é overdose de calorias. [Saúde]

Fast food, obesidade e colesterol

Para verificar os efeitos de uma dieta baseada em fast-food, o norte-americano Morgan Spurlock decidiu passar um mês se alimentando exclusivamente de hambúrgueres, batatas fritas e refrigerantes – de preferência com as maiores porções disponíveis no cardápio. O resultado foram 11 quilos a mais, aumento do colesterol e sintomas variados como náuseas e fraqueza. A gordurosa saga foi registrada em “Super size me - A dieta do palhaço” (2004), filme que divertiu ao mesmo tempo em que chocou plateias em todo o mundo.

Um estudo feito por pesquisadores de diversas instituições norte-americanas, publicado na revista médica “The Lancet”, mostra de forma categórica que tal dieta realmente faz mal à saúde. [Agencia Fapesp, 04/01/2005]

Observações

·         Seu texto deve ser escrito na norma culta da língua portuguesa;
·         Deve ter uma estrutura dissertativa-argumentativa;
·         Não deve estar redigido sob a forma de poema (versos) ou narração;
·         Não esqueça de dar uma intervenção ao problema enfocado.