segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

ESCREVER, ESCREVER, ESCREVER...




Aquele que escreve por necessidade da alma sempre tem a sensação de que há algo por dizer.
Uma solidão, uma agonia, um vazio gigantesco. Ou o humilhante complexo de que poderia ter sido melhor!
E essa sensação é constante. Dura. Rasgo doído.
O antídoto parece ser a escrita, o desabafo, a exteriorização dos fantasmas internos. Livrar-se do peso.
Escrever é como um simbólico funeral: deixar morrer aquilo que em nós insiste em ficar ali, atiçando, cutucando, querendo, sem querer, sair.
Ao mesmo tempo em que é um nascimento: parir um doloroso filho e, quando este vier à tona, criar vida própria e ganhar o mundo.
Como uma necessidade fisiológica, o ato da escrita não é nem nunca foi mecânico, mas sim essa capacidade que aqueles que se deixam tocar pela força das palavras sentem!
Pensar é um ato metafísico necessário; redigir é um complemento humano imprescindível.

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