domingo, 30 de setembro de 2012

OBRIGADO, MEU POVO!


A próxima conquista será um novo layout para o Blog. Aguardem!

O Blog de Redação comemorou em setembro de 2012 o seu primeiro aniversário! Um ano de muita felicidade, começando desprentensiosa e timidamente, mas aos poucos despertando o interesse dos internautas, além de a vontade de estudar essa arte tão complexa e ao mesmo tempo tão deliciosa que é a de escrever.

Nesse período de um ano, tivemos um total de 38 mil visitas, a grande maioria do Brasil, no entanto, tendo público expressivo de países como EUA, Canadá, Portugal, Alemanha, Rússia, Japão, Reino Unido, Moçambique, Cabo Verde e Índia.

A postagem mais comentada e mais visualizada foi 15 TEMAS POSSÍVEIS DE REDAÇÃO PARA OCONCURSO DA PM/BA, com 26 comentários e 550 visualizações.

Para um nicho tão específico como a da disciplina Técnicas de Redação, também chamada de Produção Textual, sentimo-nos orgulhosos por tudo isso que conquistamos, afinal, ser escolhido [pelo maior portal sobre o Enem do Brasil, o InfoEnem] entre os 10 melhores blogs de Redação do Brasil é algo realmente engrandecedor.

É por isso e muito mais que lutamos a cada dia para atualizar este espaço e deixá-lo ainda mais completo, para que a busca dos “estudantes virtuais” não seja em vão.

Muito obrigado a todos vocês que fizeram e fazem deste Blog uma referência didática e pedagógica para aqueles que desejam ser melhores nas áreas em que escolheram atuar!

Um obrigado especial para os que nos divulgaram e incentivaram. Pedimos que, se puderem, continuem nos indicando e divulgando para os contatos interessados na boa e atualizada Redação.


 
Forte abraço e conte conosco, sempre!




Gustavo Atallah Haun é professor grapiúna, formado em Letras, UESC, e ministra aula em Itabuna e região. Escreve para jornais de Itabuna, Ilhéus e edita  oblogderedacao.blogspot.com.br (g_a_haun@hotmail.com).


sábado, 29 de setembro de 2012

COESÃO: O USO ADEQUADO DOS CONECTIVOS

MODELOS
MARCADORES DE DISCURSO

EXEMPLIFICAÇÃO


Por exemplo, exemplificando, isto é, tal como, em outras palavras, em particular


CONTRASTE/
OPOSIÇÃO


Mas, entretanto, porém, contudo, no entanto, pelo contrário, por outro lado, ao invés de, todavia

COMPARAÇÃO

Da mesma maneira, da mesma forma, como, similarmente, correspondentemente
ADIÇÃO DE IDEIAS

E, também, em adição a, além de, além do mais, além disso, ou


ENUMERAÇÃO


Primeiro e primeiramente, segundo e segundamente; a), b), c); 1), 2), 3); um, dois, três; para começar, em seguida; primeiro de tudo, depois; antes de tudo

CAUSA & CONSEQUÊNCIA

Então, assim, consequentemente, de acordo com, como resultado, por esta razão
ÊNFASE

Realmente, de fato, certamente, como um problema de fato, principalmente

SUMÁRIO/
ENCERRAMENTO


Assim, em suma, portanto, brevemente, encurtando, para concluir, em uma palavra, enfim, logo, assim sendo, dessa forma, por conseguinte

CONDIÇÃO

Se, ao menos que
TEMPO

Quando, Em 2000, desde o começo do século, logo que, assim que, no momento em que, na hora em que ou advérbios temporais
CONCESSÃO

Embora, apesar de que, ainda que, por mais que, se bem que

Obs.: Os conectivos são palavras ou expressões que unem ideias em frases, períodos, orações e/ou parágrafos.


sexta-feira, 28 de setembro de 2012

ESTÁ CHEGANDO A HORA...




Daqui a pouco está chegando a hora das provas de vestibulares e Enem. É o momento de testar o conhecimento adquirido ao longo da formação escolar: estudos, pesquisas, leituras e escritas.
O nervoso, a tremedeira e a sudorese, além do famoso “branco” na hora dos exames. Quem não passou por isso? É absolutamente normal.
Para aqueles que se dedicaram, não perderam tempo e não foram relapsos com as suas obrigações, é apenas a hora de colher os louros. Mas, há os que se enganam, fazendo da própria formação estudantil um ôba-ôba vocacional de imaturidade. Infelizmente, para estes últimos, nada mais restará do que passar o próximo ano nas cadeiras dos cursinhos da vida...
É óbvio que existem aqueles que se dedicaram muito e que vão fazer um curso miseravelmente concorrido, e vão morrer na praia! Para estes, há apenas um único consolo: nunca desistir! Experiência para a próxima! Se perdeu hoje, amanhã, com ainda mais esforço, virá a glória.
Assim também como há os que são verdadeiros “vagabas” e passam de primeira em tais concursos. São raros, porém é de crer que a genialidade pode vir nesses elementos, que tiram onda o ano inteiro, porém nasceram aquinhoados com uma mente assaz iluminada e um comportamento de mastodonte!
É a vida... Muitas vezes medida por um viés ultrapassado e incoerente, como uma prova. Outras tantas, digna de mais atenção e mais dedicação para ver se todos são capazes!

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

MUITO BOM...



O Parto, a Próstata e a Vingança

Ela com 19 e eu com 20 anos de idade.
Lua de mel, viagens, prestações da casa própria e o primeiro bebê, tudo uma beleza.
Anos oitenta, a moda na época era ter uma filmadora do Paraguai.
Sempre tinha ou tem um vizinho ou mesmo amigo contrabandista disposto a trazer aquela muambinha por um precinho muito bom!
Hora do parto, ela tinha muita vergonha, mas eu, teimoso, desejava muito eternizar aquele momento.
Invadi a sala de parto com a câmera no ombro e chorei enquanto filmava o parto do meu primeiro filho.
Não, amor! Que vergonha!
Todo mundo que chegava lá em casa era obrigado a assistir ao filme.
Perdi a conta de quantas cópias eu fiz do parto e distribuí entre amigos, parentes e parentes dos amigos.
Meu filho e minha esposa eram os meus orgulho e tesouro.
Três anos se passaram aí nova gravidez, novo parto, nova filmagem, nova crise de choro, tudo como antes.
Como ela "categoricamente" me disse que não queria que eu a filmasse dessa vez, sem ela esperar, invadi a sala de parto e mais uma vez com a câmera ao ombro cumpri o mesmo ritual.
As pessoas que me conhecem sabem que em mim havia naquele momento apenas o amor de pai e marido apaixonado nesse ato.
O fato de fazer diversas cópias da fita era apenas uma demonstração de meu orgulho.
Agora eu com 50 ela com 49.
Nada que se comparasse ao fato de ela, nessa semana, num instinto de vingança, invadisse a sala do meu urologista, com a câmera ao ombro, filmando o meu exame de próstata.
Eu lá, com as pernas naquelas malditas perneiras, o cara com um dedo (ele jura que era só um!) quase na minha garganta e minha mulher gritando:
- Ah! Doutoooor! Que maravilha! Vou fazer duas mil cópias dessa fita! Semana que vem estou enviando uma para o senhor!
Meus olhos saindo da órbita fuzilaram aquela cachorra, mas a dor era tanta que não conseguia nem falar.
O miserável do médico, pra se exibir, girou o dedão!!! Ah! eu na hora vi o teto a dois centímetros do meu nariz.
E a minha mulher continuou a gritar, como se fosse um diretor de cinema:
- Isso, doutor! Agora gire de novo, mais devagar dessa vez. Vou dar um close agora...
Na hora alcancei um sapato no chão e joguei na maldita.
Agora amigos, estou escrevendo este e-mail pedindo aos amigos, parentes e outro mais que se receberem uma cópia do filme, que o enviem de volta para mim.
Eu pago a taxa de reembolso.
(Luiz Fernando Veríssimo)

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

O TEXTO DE OPINIÃO

"Hoje em dia, até o obituário do jornal tem opinião" - Paulo Henrique Amorim, jornalista.


Atenção máxima ao enunciado da prova de Redação. Na maioria dos casos, o texto solicitado é o dissertativo-argumentativo, mas pode vir também “texto de opinião”, “texto crítico”, “dê o seu ponto de vista”, etc. Nesse caso, existem diversos gêneros que podem e devem ser abordados.
É importante lembrar, também, que, por ser um texto de opinião, não quer dizer, necessariamente, que esta deva ser sem fundamento, sem base filosófica, empírica, epistemológica, senão vira “achismo”.
Quando escrevemos um texto de opinião, nosso objetivo é o de convencer. Apresentamos a nossa opinião – sempre fundamentada – em relação a determinado assunto e desejamos persuadir nosso leitor a assumir o mesmo ponto de vista.
Para que se possa alcançar com êxito esse desiderato, é preciso conhecer muito bem o tema que irá tratar. O redator precisa ter dados, fatos, estatísticas, exemplos, citações relevantes que justifiquem a sua opinião, que possibilitem a ele escrever bons argumentos, a favor ou contra o tema abordado.
A escrita de um texto opinativo pressupõe, geralmente, as seguintes etapas de trabalho (não necessariamente nesta ordem):

Ø Tomada de posição em relação ao tema (contra ou a favor);
Ø Justificativa da posição assumida, com base em argumentos;
Ø Antecipação de possíveis argumentos contrários ao seu ponto de vista, contestando-os;
Ø Conclusão do texto, reforçando a posição assumida.

Levantados esses pontos, é preciso, também, que se observem dois aspectos fundamentais para a construção da coerência do texto:

Ø Organização dos argumentos;
Ø Ligação entre as diferentes partes do texto (frases, parágrafos; introdução, desenvolvimento e conclusão.

OBS.: A palavra argumento tem uma origem curiosa: vem do latim ARGUMENTUM, que tem o tema ARGU, cujo sentido primeiro é “fazer brilhar”, “iluminar”.
Os argumentos de um texto são facilmente localizados: identificada a TESE (opinião, ponto de vista defendido pelo autor) faz-se a pergunta por quê? (Ex.: o autor é contra a pena de morte [tese]. Porque... [argumentos])

TEXTOS COM PREDOMÍNIO DA OPINIÃO:

Ø A Dissertação;
Ø A Carta-argumentativa;
Ø O Editorial;
Ø Crônica Dissertativa;
Ø Artigo de Opinião;
Ø Resenha Crítica;
Ø Monografia ou TCC;
Ø Artigo científico;
Ø Dissertação (Mestrado);
Ø Etc.

"Quem nunca altera a sua opinião é como a água parada e começa a criar répteis no espírito."
(William Blake)

terça-feira, 25 de setembro de 2012

UM PROVÁVEL TEMA DO ENEM 2012



Responsabilidade pós-consumo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
           
Responsabilidade pós-consumo é um termo amplo e recorrente em políticas de gestão ambiental de resíduos. De modo geral, pode-se defini-lo como a responsabilidade do fabricante/importador de arcar com o ônus da gestão ambiental de seu produto em caso de, após ser consumido, não poder ser destinado ao lixo comum. Esse conceito, embora com algumas variações, já é mundialmente aplicado – em muitos casos somente em termos de legislação – para produtos como pneus e baterias. Países com grande produção e consumo de artigos eletrônicos, o Japão por exemplo, também aplicam a responsabilidade pós-consumo para o lixo eletrônico.
A responsabilidade pós-consumo implica: i) assegurar que os produtos lançados no mercado, após seu uso e recolhimento, sejam reutilizados, reciclados, recuperados ou eliminados de maneira ambientalmente adequada e ii) difundir entre os consumidores os sistemas de recoleta. A responsabilidade pós-consumo deve envolver vários atores além dos fabricantes, dentre eles: os comerciantes e distribuidores, a comunidade em geral, os meios de comunicação e estabelecimentos de educacionais, os governos locais etc.
Por ter que arcar com o recolhimento do produto após seu consumo, o fabricante repassa esse custo ao preço do produto vendido. Desse modo, o consumidor final estará pagando não somente pelo bem que usufruiu como também pela sua disposição ambientalmente correta quando não tiver mais utilidade.

Consumir com responsabilidade
   
O futuro do planeta é um assunto que está no cotidiano das pessoas. Estudos e projeções feitas por analistas ambientais, apontam para a diminuição de recursos naturais nos próximos anos. Para mudar este quadro, a população mundial deve mudar seu modo de vida e aprender a lidar de maneira responsável com o meio ambiente. Repensar a maneira de comprar produtos pode ser uma forma de contribuir para o consumo responsável.
Segundo estudos da ONG (organização não-governamental) Wildlife Conservation Society, localizada em Toronto (Canadá), se toda a população mundial consumisse como os norte-americanos, seriam necessários mais três planetas Terra para suprir a demanda.
No Brasil, a questão tem ganhado importância e amplitude. Criado em 2001, o Instituto Akatu é uma ONG que tem como missão educar, sensibilizar e mobilizar as pessoas para comprar com responsabilidade. A palavra “akatu” vem do tupi e significa, ao mesmo tempo, “semente boa” e “mundo melhor”. “Devemos comprar com consciência. Escolher não é só pegar. O consumidor deve saber as escolhas que faz”, disse a bióloga Maluh Barciotte, consultora da ONG.
Segundo Maluh, que também é doutora em saúde pública e ambiental, o consumo consciente não visa apenas conservar o meio ambiente. Ao adquirir um produto, deve-se saber se a empresa fabricante está em dia com os seus colaboradores. “Devemos evitar empresas que sonegam os direitos trabalhistas de seus funcionários”, disse a bióloga.
O Instituto utiliza várias formas para conscientizar a população. Além de se utilizar da imprensa, o Akatu também mobiliza, desde 2003, estudantes da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) a participarem do “Trote da Cidadania pelo Consumo Consciente”. Em vez do tradicional banho de tinta, calouros e veteranos informam a população carente de Campinas sobre como promover a reciclagem e a coleta seletiva.
Incitar a população a ter uma atitude diferenciada na compra de produtos não é tarefa fácil. Quando se adquire um produto ou serviço, a questão do consumo consciente ainda não está tão presente na lista do supermercado. “A minha esposa, quando vai às compras, pensa na marca. Se o produto é de qualidade, ela compra”, disse o pedagogo Renato Baccaro.
Outro problema que pode impedir que a população utilize produtos que estão de acordo com as normas ambientais é o preço. “Os produtos ecologicamente corretos são caros, e assim fica difícil adquirilos”, critica a bióloga Liliana Medeiros. Ela contribui com a natureza separando o lixo e não optando por empresas que não estão de acordo com o meio ambiente.
Há formas de contribuir indiretamente. O Grupo Pão de Açúcar, entre outras empresas, como o Banco Real e a Nestlé, se mobiliza em favor do consumo com responsabilidade. Os fornecedores de sua rede de lojas estão dentro das normas para gerenciar questões ambientais, dentro e fora da empresa. O grupo faz parte do Pacto Global, uma iniciativa sugerida no Fórum Econômico Mundial de 1999, na ONU (Organização das Nações Unidas) que estabelece princípios que vão desde direitos humanos até proteção ambiental.

CONSUMO RESPONSÁVEL E RESPONSABILIDADE SOCIAL DAS EMPRESAS - O COMÉRCIO NA ROTA DA SUSTENTABILIDADE

Sexta, 29 Janeiro 2010, 15:53

Se a sociedade civil preferir os produtos que respeitam critérios sociais e ambientais, levará o mercado a oferecê-los, (…) transformando o sistema económico dominante num sistema mais solidário e humano.
A exploração dos recursos está associada à sobrevivência de quem os consome, porém, a sua preservação também, pois, sendo eles limitados, o crescimento dificilmente se imagina infinito. No entanto, aliando o desenvolvimento à sustentabilidade, surge uma nova esperança de evolução, que impõe o reforço de movimentos como a responsabilidade social das empresas e o consumo responsável.
Cada consumidor, enquanto elo final de qualquer cadeia comercial, tem um papel activo e a responsabilidade de praticar um consumo ético, exigindo justiça no comércio. Significa isto que se a sociedade civil preferir os produtos que respeitam critérios sociais e ambientais, levará o mercado a oferecê-los. Consequentemente, incentiva mudanças no comércio convencional com o objectivo de transformar o sistema económico dominante num outro mais solidário e humano.
Por outro lado, e segundo o Livro Verde da Comunidade Europeia, a responsabilidade social está relacionada com acções voluntárias por parte das empresas no sentido de contribuírem para um ambiente mais limpo e para uma sociedade mais justa, abrangendo a produção responsável, a promoção de boas condições de trabalho e de vida familiar dos colaboradores e o respeito pelos parceiros comerciais.
Ainda que, por vezes, se questione a compatibilidade entre os objectivos económicos das empresas, como o lucro rápido, e a sua contribuição para o desenvolvimento sustentável, é crescente o número de empresas que implementam sistemas de gestão ambiental (SGA) no seu funcionamento e difundem a sua responsabilidade social, ao exigirem determinados requisitos de ordem social e ambiental aos seus fornecedores.
Noutra vertente, as entidades públicas encontram-se entre os grandes consumidores, pelo que a inclusão de critérios ambientais nos contratos públicos é um dos vectores que permite estabelecer uma nova interligação entre as várias acções e políticas comunitárias, possibilitando uma abordagem das questões ambientais mais abrangente e sustentável.
Tal como consta na Resolução de Conselho de Ministros n.º 65/2007, de 7 de Maio (RCM n.º65/2007), “dado o peso do Estado em matéria de aquisições e a diversidade de sectores em que as mesmas incidem, os efeitos que podem advir da sua execução deverão resultar em relevantes reduções de impactos ambientais em vários domínios, nomeadamente pela promoção de «mercados verdes» e pelo seu potencial sensibilizador e disseminador em matéria de boas práticas ambientais”.
Paralelamente, as aquisições ambientalmente orientadas permitem às autoridades públicas alcançar resultados económicos, na medida em que produzem efeitos ao nível da poupança de materiais e energia e da redução da produção de resíduos e de emissões.
Da Estratégia Nacional para as Compras Públicas Ecológicas para o período 2008 -2010, destaca-se, neste contexto, o objectivo de estimular as entidades públicas a adoptar uma política de compras públicas ecológicas e, simultaneamente, garantir aos diversos sectores económicos incentivos para o desenvolvimento de novas tecnologias e produtos inovadores, pretendendo-se, ainda, que os fornecedores, os prestadores de serviços e os empreiteiros perspectivem as vantagens deste tipo de contratação.
Refira-se que alguns Estados-membros, tais como Alemanha, Áustria, Dinamarca, Finlândia, Holanda, Reino Unido e Suécia, seguindo orientações da Comissão Europeia, têm já uma prática significativa de compras públicas ecológicas, com resultados muito positivos, pelo que a Comissão Europeia está a considerar a imposição de quotas de produtos ecológicos na aquisição de bens e serviços públicos a todos os países da União Europeia.
Actualmente, a quota de concursos públicos ecológicos nos países comunitários com melhor desempenho neste domínio (estudo Green Public Procurement in Europe –2005 Status Overview) é de 40%. Portugal propôs-se ir mais além, 10% acima deste valor, na vanguarda da aquisição pública, tendo estabelecido os seguintes objectivos para 2010 (RCM n.º65/2007): que 50% dos procedimentos pré-contratuais públicos para a aquisição de bens ou serviços contemplados na Estratégia incluam critérios ambientais; 50% do valor dos contratos públicos de aquisição de bens e serviços contemplados na Estratégia, cujos procedimentos pré-contratuais incluam critérios ambientais; 50% do valor dos contractos públicos de aquisição de bens e serviços contemplados na Estratégia, cujos procedimentos pré-contratuais incluam critérios ambientais.
Em 2010, a Agência Nacional de Compras Públicas e a Agência Portuguesa do Ambiente irão avaliar o cumprimento dos objectivos e propor novas metas para o triénio seguinte, que constituirão a Estratégia Nacional 2011-2013.

Comércio justo: pilar de sustentabilidade económica e ecológica
Sendo o Comércio e o Desenvolvimento temáticas indissociáveis e sem fronteiras, a sustentabilidade procura um modelo de comércio ao serviço das pessoas, orientado para o desenvolvimento social e económico das comunidades locais e do mundo como um todo, pautado por princípios de justiça, equidade e solidariedade.
Existente na Europa há cerca de 50 anos, o movimento Comércio Justo (CJ), enquanto movimento social e modalidade de comércio internacional regida por critérios económicos e éticos, procura promover nas cadeias produtivas, padrões sociais e ambientais equilibrados e o estabelecimento de preços justos.
Este sistema comercial torna possível o respeito pelas pessoas e pelo ambiente, implicando, antes de mais, um trabalho digno para todos os intervenientes, bem como a adequação das actividades económicas aos seus interesses e necessidades.
Para tal, procura criar meios e oportunidades para melhorar as condições de trabalho dos produtores, especialmente dos mais pequenos e desfavorecidos, promovendo a equidade social, a protecção do ambiente e a segurança económica; propõe uma parceria entre produtores e consumidores que, em conjunto, tentam ultrapassar as dificuldades enfrentadas pelos primeiros e facilitar o seu acesso ao mercado.
Ao eliminar os intermediários que impõem aos pequenos produtores um preço de mercado para o seu produto, possibilita que estes recebam a remuneração justa pelo seu trabalho, viabilizando a sua actividade e, no sector alimentar, a opção pela agricultura ecológica e orgânica.
Em Portugal, na ultima década e no âmbito da Educação para o Desenvolvimento, o conceito de CJ tem sido divulgado através de actividades de sensibilização, campanhas, feiras e exposições, quer junto dos consumidores, para realçar o impacto das suas decisões de compra, quer junto das organizações, para incentivar novas regras e práticas de comércio internacional e exigir a explicitação da origem dos produtos ou serviços, dos produtores e da estrutura do preço dos bens de consumo. Contudo, trata-se ainda de um movimento incipiente com tendência para decrescer segundo Miguel Pinto, voluntário e fundador da associação Reviravolta. Embora existam já algumas lojas em várias cidades de norte a sul do país, não só de lojas vive o Comércio Justo. "Não temos lobby, não há leis que obrigam as instituições a utilizar o CJ", comenta Miguel Pinto. Foi neste contexto que foi criada a Alternativa, uma Associação sem fins lucrativos que resulta da  visão de que um CJ enraizado na economia social em todos os elos da cadeia e que aposta nos mercados locais, na proximidade aos consumidores finais sem esquecer os produtores marginalizados dos países desenvolvidos, apresenta-se como resposta possível a diversos problemas sociais e ambientais.

Consumir local: produtos “naturalmente garantidos”
Considerando sector alimentar, as superfícies comerciais nem sempre possibilitam aos consumidores a opção por produtos nacionais e, atendendo ao destaque que atribuem aos produtos internacionais fora de época, põem em causa a qualidade dos serviços prestados, na medida em que tanto a produção como o transporte desses alimentos comprometem a sua conservação e a qualidade do ambiente.
Ora, na natureza tudo tem o seu tempo, a sua época, por alguma razão. Ao cultivar produtos fora de época, criam-se ambientes que simulam determinada estação do ano, utilizando artifícios que comprometem o produto final, nomeadamente pela perda de aroma, sabor, vitaminas, sais minerais, entre outras propriedades essenciais.
Evidentemente que as facilidades actuais são interessantes e bem-vindas. Mas a preferência pelos produtos nacionais e de época, utilizando-os com maior frequência do que os demais, resulta não só num enorme bem para a saúde, o paladar e a economia doméstica, como também constituem um serviço prestado à economia local e nacional e ao ambiente. Permite diminuir a distância percorrida pelos alimentos e o grau de embalagem, para além de assegurar a sobrevivência de métodos produtivos tradicionais sustentáveis e das espécies vegetais e animais autóctones.
A mudança do comportamento individual em benefício do colectivo gera frequentemente a dúvida da relevância do esforço de poucos. Importa, então, lembrar que, geralmente, as mudanças são introduzidas por pioneiros que vão abrindo caminho.

Fontes de informação:
- LPN & Serralves, “Ano Internacional do Planeta Terra” - Ciclo de conferências sobre ambiente. 2009
- http://europa.eu/legislation_summaries/employment_and_social_policy
- Resolução de Conselho de Ministros n.º65/2007
- www.cidac.pt/
- www.equacao.comercio-justo.org


segunda-feira, 24 de setembro de 2012

CONHECIMENTO COMUM OU CIENTÍFICO?

União junto com esforço!


Existem dois tipos mensuráveis de conhecimento humano: um feito pelo vulgo, pela população, por isso chamado de cultura popular, e outro feito pelas ciências em geral, denominado de conhecimento científico ou acadêmico. Ambos têm o seu valor, a sua verdade, a sua correta erudição.
O conhecimento popularesco já foi defendido por sociólogos, antropólogos e filósofos, como o italiano Antonio Gramsci e o historiador potiguar Câmara Cascudo. A cultura por si só é uma manifestação da vontade e dos costumes do povo, seja ele letrado ou não. Portanto, torna-se cultura tanto o saber popular quanto o saber científico.
Muitas vezes se percebe uma revolta muito grande nos estudantes universitários quanto ao saber científico, à teoria, aos textos técnicos, enfim quanto aos procedimentos que a academia toma para se valer da sua epistemologia, do seu empirismo, da sua pragmática.
O conhecimento patrocinado pelas faculdades são aqueles que são testados, pesquisados, medidos, numa construção, digamos, aristotélica de todas as áreas. Já o conhecimento dito popular é repassado na sua grande maioria por via oral, por meio das tradições, do saber histórico das massas.
Não existe um saber superior ao outro. Aliás, não existe uma cultura melhor, outra pior: existem culturas diferentes e até nisso elas são positivas, porque podem se misturar, conhecer-se, relacionar-se criando outras, etc. Um bom exemplo disso é a literatura e a teoria literária. Esta é o saber técnico-científico derivado daquela: se não houvesse literatura, será que poderia haver alguma teoria literária? Já aquela não depende desta: se não houvesse teoria literária, não impediria de a literatura surgir ao mundo.
Então, por que estudar a teoria literária? Por que estudar a teoria matemática? Por que estudar a teoria administrativa ou filosófica? Ora bolas, para saber o que os nossos ancestrais já pensaram, já descobriram e o que já fizeram no passado! Para embasar-se, fundamentar-se cientificamente! Destarte, para se aplicar aos dias atuais, com a modernização devida, claro. Não é para copiar, decorar, plagiar; é para compreender, é para saber, é para assistir aos belos espetáculos que homens produziram com o pensamento, com os costumes, com as tradições e, sobretudo, com o espírito investigativo da ciência.
Se a música clássica é melhor do que a música popular? Se James Joyce é superior ao poema de cordel? Se a filosofia é muito mais profunda do que as igrejas evangélicas? Se o branco europeu é mais inteligente que um autóctone africano? Nada disso importa. Todos têm a sua grandeza, todos têm a sua importância no universo.
O científico e o popularesco no mundo pós-moderno tendem a se tocar e se formar uno. Esse é o desafio do ser humano artista, advogado, médico, engenheiro, empresário, do século XXI. É o movimento antropofágico II: saber dosar a gigantesca soma de conhecimento tecnológico formal acumulado da humanidade, com um pouco de humanismo, com um pouco de afeto, com um pouco de respeito ao próximo, coisas que parecem de séculos atrás.

domingo, 23 de setembro de 2012

REDAÇÃO E SOMENTE REDAÇÃO

Todos os caminhos levam à Redação.

A Matemática anuncia aos quatro ventos: sou a rainha das disciplinas!
A Filosofia retruca: sem mim ninguém aprende a pensar!
A Física, do alto da montanha, se vangloria das suas ondas, energias e dinâmicas.
Já a Química assevera que tudo é química!
A História conta tudo sobre o passado remoto e atual e afirma que sem ela não se pode viver o presente, muito menos prever o futuro!
A Língua Portuguesa diz que tudo o que se faz é com a linguagem: verbal ou não-verbal.
Por outro lado, a grandiosa Arte conclama: sou a expressão da alma dos seres humanos...
E a Geografia, questionadora, desafia a todos para um duelo sobre a atualidade!
O que todas essas disciplinas não esperavam é que existe uma, humilíssima, que é como se fosse o bico de um funil largo, ou seja, a convergência de todas elas, aparentemente díspares e estanques: a tão desprezada Redação.
Esta é a expressão da linguagem através do raciocínio lógico e racional, do entendimento do mundo, dos próprios questionamentos, da atualidade, dos argumentos históricos, das causas e consequências, da imaginação criadora, etc.
Quer dizer, de tudo o que se aprende e se ensina, em todas as salas de aulas que os escreventes têm na escola, e que são despejadas nas folhas em branco, como uma avalanche de informações apreendidas em todos os saberes!
É por isso que a combalida e desprestigiada Redação é importante e vale tantos pontos de vestibulares e concursos: ela não só educa para a escrita, mas para a arquitetura do pensamento diverso e multicor; não só para a expressão, mas também para a ação e o comprometimento do sujeito no mundo em que vive. Enfim, pode exprimir a alma e o coração em todos os sabores.
Nesse sentido, Redação é igual a intervenção... Ou seria interseção? Tanto faz, porque ela, sim, une a tudo e a todos em seus inúmeros gêneros e tipologias textuais.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

AS MELHORES REDAÇÕES DA FUVEST

Candidato mandou recado a corretor em redação da Fuvest 2009

Um candidato que teve sua redação escolhida entre as melhores da Fuvest 2009 mandou um recadinho ao corretor, no fim de seu texto. Depois de se esquecer de colocar o título no início da dissertação, o vestibulando optou por ocupar a última linha e se explicou: "desculpe, só vi que precisava no final". Seu texto ganhou o título de: "As fronteiras perdendo poder".

De acordo com a diretora da Fuvest, Maria Thereza Fraga Rocco, o candidato não foi prejudicado. "A pessoa viu que era importante colocar um título. E não tem problema se ele está dentro do espaço delimitado para a redação e feito a tinta", diz.

"O que nos importa mesmo é um texto com começo, meio e fim, que fale sobre o que foi pedido, não invente moda", afirma Maria Thereza. Fica aí a dica da professora. Mas pondera: "A gente gosta de ver textos que sejam mais atraentes e que não fiquem no lugar comum. Mas eles não podem fugir da proposta".

Outro mito que Maria Thereza desfaz é sobre as rasuras. "Não levamos em conta na nota, desde que o estudante tenha organização. A orientação é que ele faça um risco na palavra errada e escreva ao lado o termo correto", explica. E mais, letra feia também não desconta ponto, diz a diretora da Fuvest.


quarta-feira, 19 de setembro de 2012

AGORA, POR QUE DISSERTAÇÃO?




Muitos se perguntam por que a dissertação é a tipologia textual mais cobrada em vestibulares e concursos Brasil afora.
A resposta é muito simples: as universidades não querem poetas, contistas, trovadores, romancistas, etc.
As academias privilegiam o texto dissertativo porque esta é a forma de se descobrir se o sujeito (postulante ao curso superior) é uma pessoa antenada, atualizada, conhecedor do mundo, tem leituras prévias, ou seja, se ele é um agente ativo da comunidade em que vive.
Também é uma forma de preparar o estudante – embora com um texto primário, primitivo no Ensino Básico – para os textos acadêmicos mais evoluídos e que têm como base a dissertação: resenhas, artigos, monografias, teses.
A principal característica, porém, de se solicitar a redação dissertativa nos exames é o fato do “terceiro grau” ser o lugar do debate, da discussão, do ponto de vista, fundamentado sempre em teóricos.
As aulas, antes mastigadinhas e didáticas do E. B., são propostas de forma diferenciada nas faculdades: o discente correndo atrás do seu conhecimento, discutindo com o professor em sala de aula, opinando, elaborando seminários, textos, enfim... se virando sozinho, tendo o docente como mero “orientador” (quando não desorienta!).
Por tudo isso, o texto que facilita essa abordagem universitária, que promove essas intervenções e interações nos cursos escolhidos, é o dissertativo, para a felicidade, ou infelicidade, geral da nação.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

TEXTO FANTÁSTICO SOBRE A REALIDADE DA REDAÇÃO...




Redação: o método da psicografia

por Philio Terzakis
pterzakis@yahoo.com

Erros de gramática?

Falta de ideias?

Coisa nenhuma. Na hora de fazer uma redação, o maior problema dos alunos parece ser mesmo a... preguiça.

Pois é. O pessoal quer se sentar à mesa e "psicografar" um texto em uma hora. Sem elaborar um roteiro e sem fazer revisão. No final, fica espantado ao ver que no papel não tem nada que preste.

Culpa de quem? Infelizmente da escola, que ensina o método da "psicografia": "Vamos lá, minha gente! Senta aí e faz um texto".

Até parece que o aluno está num centro espírita, e não num estabelecimento escolar. Porque, pra escrever bem desse jeito, meu caro, só baixando um espírito. De preferência o de Machado de Assis.

Difícil escrever bem se não há um roteiro. O roteiro determina a estrutura e o conteúdo do texto; diz onde, quando e por que vai entrar o quê. Sem um roteiro, o texto corre o risco de virar uma embolada sem sentido e, pior, repetitiva.

O problema é que elaborar um roteiro dá trabalho. A criatura deve se sentar e pensar, muito antes de pegar no lápis ou no teclado. Tem que saber o que quer saber. Tem que encontrar respostas. Tem que organizar as respostas. Tem que construir uma tese. Tem que determinar os parágrafos. E só então começar a escrever.

Com a prática, a elaboração do roteiro vai ficando cada vez mais fácil e mais rápida. Mas a verdade é que, no início, ele dá um trabalho danado.

Também dá trabalho a revisão. É que o primeiro texto nunca fica legal. O autor tem que dar um tempo, voltar e ler tudo de novo. Reescrever. Reler. Reescrever. Reler. Reescrever e lamber a cria. Ou seja: mais trabalho.

Daí que boa parte do pessoal prefere o método da psicografia, mesmo sabendo que ele não funciona. É uma pena porque, quando o aluno faz roteiro e revisão, seu texto progride de maneira inacreditável, do dia pra noite. Pode acreditar.

Tem erro de gramática? Tem. Falta ideia? Falta. Mas boa gramática e ideias geniais sem roteiro e revisão também não servem pra muita coisa.

Enfim, não é com preguiça que se constrói um texto. Escrever é um trabalho danado, mas não chega a ser um trabalho de outro mundo. Psicografia é que é um trabalho de outro mundo.

Portanto, se você não é médium, elabore seu roteiro, faça sua revisão e veja coisas boas acontecerem na sua escrita.

(Fonte: http://www.algosobre.com.br)

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

Vou para lá ou vou para cá?

Ler, como disse Alberto Manguel em seu livro Uma História da Leitura, “é cumulativo e avança em progressão geométrica: cada leitura nova baseia-se no que o autor leu antes”. Lendo, ampliamos nosso repertório, fazemos textos dialogarem entre si, exercitamos nosso conhecimento de mundo, de nós mesmos e dos outros, aprendemos a ler nas entrelinhas.
A leitura envolve um exercício de seleção, de distinção do que é essencial e do que é secundário num texto, além do reconhecimento do modo pelo qual o autor enuncia suas ideias, isto é, o reconhecimento de suas intenções para que se possa construir o sentido do texto.
Ao analisar, procedemos ao reconhecimento das partes do texto, dos recursos estilísticos utilizados, da organização de linguagem e do modo como as ideias se desenvolvem. Alicerçados nessa análise, temos condições de interpretar o texto sem incorrer em três tipos de erros:

a)         Extrapolação: o leitor foge ao texto, vai para além dos seus limites;

b)      Redução (ou particularização indevida): o leitor aborda apenas uma parte do texto, um detalhe que não é suficiente para explicar todo ele. Normalmente, esse erro decorre da não-identificação das ideias mais importantes do texto durante o processo de análise;

c)           Contradição: o leitor chega a conclusões opostas às expressas pelo texto.

Vejamos um exemplo desses erros:

ELEGIA

Ganhei (perdi) meu dia.
E baixa a coisa fria
Também chamada noite, e o frio ao frio
em bruma se entrelaçam, num suspiro.

E me pergunto e me respiro
na fuga deste dia que era mil
para mim que esperava
os grandes sóis violentos, me sentia
tão rico deste dia
e lá se foi secreto, ao serro frio (...)
Carlos Drummond de Andrade

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  • extrapolação: o poeta exprime um suave sentimento de tranquilidade, ao cair de uma noite de inverno – ele merecera e ganhara mais um dia, aproveitando o descanso da noite para meditar.
Esta interpretação afirma o que não está presente no texto.

  • redução: a poesia é puramente objetiva e descritiva. O poeta pretende transmitir-nos, quase que fisicamente, a sensação de um dia de inverno.
Aqui, o leitor só observou o sentido denotativo do texto, ignorou o sentido figurado.

  • contradição: os sóis eram violentos, por isso o poeta prefere a noite que se entrelaça em bruma, num suspiro.
O leitor afirma exatamente o contrário do que o texto diz que é: o poeta sentindo-se próximo do fim da vida, faz um retrospecto melancólico, confrontando o muito que espera e o nada que tem nas mãos.

Você deve lembrar-se desses perigos que rondam sua interpretação e, num constante exercício de leitura e produção de texto, aprimorar-se no uso da Língua Portuguesa.
Boa sorte!

(Minimanual Compacto de Redação e Interpretação de Texto, editora Rideel, p. 306 e 307)